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Magia de uma vinha, talento de uma enóloga

A Falua acaba de apresentar a nova referência da emblemática vinha em calhau rolado: Conde Vimioso Vinha do Convento Branco 2019, um vinho que chega ao mercado para dar continuidade ao segmento premium de vinhos da marca, com uma edição limitada e numerada. Um vinho com a assinatura da enóloga Antonina Barbosa.

Existe um olhar curioso e observador, aliado a uma vontade de surpreender, e um sorriso cativante, que são características naturais da enóloga Antonina Barbosa. Entrou na Falua em 2004, e ali fez de tudo um pouco até chegar a directora-geral da empresa. Mais preocupada em trabalhar do que com os holofotes, o palco teima no entanto em chamá-la sempre que ganha prémios pelos seus vinhos ou mérito profissional, factos que a destacam cada vez mais como uma das melhores enólogas nacionais. Não tendo sido cientista como desejava, e tendo descoberto nos vinhos uma paixão, trouxe para esta área a curiosidade própria de quem quer estudar, descobrir e chegar mais além. É isso que tem feito com os seus vinhos, nomeadamente esta nova referência proveniente de uma vinha de calhau rolado, em chão de Charneca, por onde o rio Tejo passou há mais de 400 mil anos.

Uma vinha pouco comum em Portugal que, no caso da Falua, vai até aos quatro metros de profundidade, permanecendo as pedras na sua constituição pelo menos até aos 12 metros. Por ser um solo pobre e arenoso, mais ácido, permite que as castas se comportem de forma diferenciadora nesta vinha em relação às plantas vizinhas. «As uvas têm boas maturações e mantêm a sua acidez / frescura. Este facto, complementado com uma boa concentração, dá origem a vinhos de grande elegância, tanto a nível de aroma como de paladar», afirma Antonina Barbosa.

A vinha, com 25 anos de idade, tem cerca de 45 hectares onde existem diversas castas, entre as quais uma maioria de Arinto, Chardonnay e Fernão Pires, nas brancas; e nas tintas Touriga Nacional, Castelão, Aragonês e Cabernet Sauvigon.


Arinto é casta Rainha

Este novo branco, elaborado 100% com a casta Arinto, é engarrafado em anos verdadeiramente excepcionais. A sua vinificação inclui maturação pelicular de seis a sete horas, seguida de prensagem e maceração durante oito dias a cinco graus de temperatura, antes da fermentação alcoólica, tendo sido utilizadas leveduras indígenas. Seguiu-se estágio de um ano em barricas novas de 500 litros de carvalho francês. Após esse período, ficou mais um ano sobre as borras e depois mais 15 meses em garrafa. «É um vinho elegante no aroma, com notas cítricas e minerais evidentes, complementado por leves notas fumadas. No paladar é complexo e persistente», informa Antonina. «Um branco intenso com grande carácter», conclui a enóloga, informando ainda que esta edição limita-se a apenas 1237 garrafas.  



Este branco surge um ano após o lançamento do Conde Vimioso Vinha do Convento Tinto 2017, e conta a hist­ória de um terroir único, de uma vinha muito original. Está já à venda em garrafeiras e restaurantes de referência. O seu PVP é de 87€.

Recorde-se que a Falua foi fundada em 1994 com o objetivo de se afirmar como referência na produção de vinhos da região do Tejo e, rapidamente, cresceu para outras regiões. Em 2017, a VITAS Portugal – filial do Grupo Roullier presente no nosso país desde 1994 – adquiriu a Falua. O interesse do Grupo Roullier na actividade da Falua teve na sua origem a ideia de criar uma porta de entrada para o mercado global de vinhos. Com mais de 25 anos de história no mercado nacional e internacional, a Falua detém um vasto portfólio disperso pelo mundo.